quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Doenças crônicas e a Homeopatia.

introdução:

O termo homeopatia vem do grego "homoios-pathos" (sofrimento semelhante) e designa a doutrina que prega a cura de doenças pela administração de substâncias que, aplicadas num indivíduo são, geram sofrimento semelhante ao do paciente.

O medicamento aplicado num indivíduo são causará artificialmente uma doença. Quanto mais semelhantes forem os sintomas do paciente, realmente doente, com os sintomas causados por esta substância, maior a eficácia deste medicamento para a cura deste doente. Por exemplo, a ingestão de café pode causar insônia. Logo, se um paciente tem um problema de insônia, um remédio de café deveria curá-lo.

II. DOUTRINA HOMEOPÁTICA

2.1. O igual cura o igual

Este é o principal ponto da doutrina homeopática ("Similia similibus curantur").

Hahnemann quis justificar este princípio através de sua famosa experiência com o quinino.

Tomando por vários dias 4 dracmas (14 gr) de quinina, 2 vezes ao dia, ele experimentou sensações de palpitação, pulso rápido e difícil, ansiedade, prostração, rubor facial e sede. Assim, ele quis explicar que a quinina teria efeitos febris num indivíduo são e pela similia similibus curantur, a quinina administrada a pessoas com febre teria o efeito de cura.

O que se observa na realidade:

"Desde que a quinina tem sido tomada por pessoas e aplicada em animais, através das mais variadas formas, sem ter jamais produzido febre, ao contrário, tem sido demonstrado com absoluta certeza uma queda de temperatura. Os homeopatas de hoje devem ser assim, inventar um outro argumento para estabelecer a quinina como remédio em acordo com o princípio do similia similibus" (Prof. Behring - 1898) .

Vale realçar que no século XVIII o conceito de febre era muito vago, sendo o sinal patognômico da febre, para Hahnemann, o pulso rápido, rubor facial, sede, entre outros; sintomas tanto da hipertermia (febre) como da hipotermia (baixa temperatura).

2.2. Experimentação em pessoas sãs

Conforme o princípio da "similia", é necessário testar as substâncias medicamentosas em pessoas sãs para saber receitar a substância que causa os sintomas mais semelhantes ao do doente. "... Pode-se sobrepor à doença a ser tratada, em particular se for crônica, o remédio que é capaz de estimular uma outra doença artificialmente produzida, a mais semelhante possível, e a anterior será curada - similia simillibus" .

2.3. Doenças crônicas:

Por que a homeopatia,que curava de forma eficaz as doenças agudas,não estava gerando curas permanentes?levou-se a descoberta da natureza das doenças crônicas.Visto que os medicamentos homeopáticos não curavam uma série de doenças, Hahnemann declarou que existiam 2 tipos de doenças: as agudas e as crônicas.

Origem única de diversos sintomas:A PSORA-Esta doença fundamental a tantas moléstias crônicas.A maioria das diversas erupções cutâneas,distinguidas por Wilan são por causa da psora.Milhares de transtornos crônicos da humanidade,referidos pela patologia com variedades de nomes,são poucas exceções da multifacetada Psora.

"Após coçar(scratching)segue-se numa queimação dolorosa."

Platão denomina a sarna(itch)(glykypikron),enquanto que Cícero acentua o "Dulcedo de scabies".

Hoje em dia sabe-se que pelo menos sete-oitavos das doenças crõnicas sao atribuidas a sarna sendo que o restante decorre da syphillis e da sycosis.No entanto a PSORA é, menos reconhecida e que foi tratada da pior maneira medicamente.

Por esta teoria, que gerou muita polêmica entre os homeopatas da época, as doenças crônicas seriam devidas a um "miasma crônico", contra o qual a força vital não reúne forças para eliminar.

Hahnemann, 18 anos após a publicação do Organon, passou a encontrar uma causa única, realmente fundamental para todas as doenças. Em 80 parágrafos, Hahnemann acaba dizendo que aproximadamente 7/8 de todas as doenças têm sua causa no miasma psórico, o pior miasma crônico)

"...A cura das grandes doenças crônicas de dez, vinte, trinta anos ou mais de duração, pode ser muito demorada ou impossível se tiverem sido mal conduzidas por um excesso de tratamentos alopáticos..."doenças crônicas verdadeiras ou miasma. De acordo com Hahnemann: "As verdadeiras doenças crônicas naturais são as oriundas de um miasma crônico, que quando entregues à própria sorte, e não combatidas pelo emprego de remédios específicos para elas, continuam sempre aumentando e piorando, não obstante os melhores regimes mentais e físicos, e atormentam o paciente até o fim de sua vida, com sofrimentos sempre crescentes. Esses, exceto os produzidos por tratamento médico errôneo , são os mais numerosos em maiores flagelos da raça humana. Mesmo numa constituição física muito robusta, o modo de vida mais normal e a energia mais vigorosa de força vital são insuficientes para sua irradiação."A compreensão do miasma nos faz chegar ao prognóstico da evol ução do cliente, graças à montagem de seus sintomas dentro de uma ordem hierárquica, para compreendermos sua dinâmica miasmática (modo de sentir, agir, viver e adoecer) para então medicarmos de maneira correta, lembrando que esses miasmas foram uma unidade trimiasmática (psora, sicose e sífilis). A psora é algo superficial e característico de cada pessoa, ao manifestar seus desequilíbrios peculiares. A sicose é algo como uma introjeção ou recolhimento das peculiaridades, violentando seus próprios impulsos. A sífilis, algo destrutivo, onde há perda da vontade de viver. Há sempre uma moléstia interna antes do aparecimento dos sintomas locais externos.A psora identifica-se com o "mal pensar", a sicose e a sífilis com o mal agir. Assim, como antes de agir é necessário pensar, a psora é quem acaba conduzindo aos quadros de sicose e sífilis.Segundo Elizaldi, o sofrimento do ser humano é endógeno, pois a mesma agressão (noxa) que a um traumatiza, a outr o não altera. É a susceptibilidade em sua forma patológica. As doenças (patogenesias) então se remeteriam a um conflito espiritual do homem, que é individual a cada paciente. As doenças são caracterizadas por sintomas relatados. São relacionados com os sintomas do repertório onde estão os medicamentos da matéria médica nas pequenas rubricas, como por exemplo imaginação, sonhos e ilusões, representando o núcleo problemático do paciente.Deve-se procurar sempre a relação dele com o outro, com um deus ou o substituto. Ex: justiça (Nux Vomica); amor (Pulsatilla); proteção (Veratrum); liberdade (Conium); segurança (Calcárea); perfeição (Mercurius). As doenças crônicas não desaparecem instantaneamente, devendo-se cumprir com toda uma reorganização do organismo adoecido, obedecendo uma seqüência lógica de reequilíbrio energético, chamada de as leis da cura, ou as leis de Hering: do centro para periferia, do alto para baixo, dos órgãos mais vita is para os menos vitais, ou finalmente na ordem inversa da aparição dos sintomas (os mais recentes desaparecerão primeiro e os mais antigos por último).

Para que se dê a cura, deve haver um movimento centrífugo, exonerativo e curativo.

Doenças crônicas:Referência bibliográfica:Doenças crônicas segundo Hahnemann-autor:José Alberto Moreno Editora hipocrática hahnemanniana.

MARILENE RODRIGUES SANTOS SOUZA-4º PERÍODO- 2º ANO-PRÓ REITORIA DE EXTENSÃO E CULTURA UFV BH/MG.

junho de 2007

Marilene Rodrigues santos souza.

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